Eu tinha precisamente mencionado, já não sei bem quando mas algures na semana passada, com diversas pessoas da turma, que se sobrevivêssemos a esta semana, definitivamente já estávamos prontos para ir para a guerra. E felizmente, que o portefólio de BG foi adiado para esta segunda-feira, se não tinha sido a catástrofe mais catastrófica da história. Trabalhos, testes, mini-testes... diga-se que foi uma semana complicada, com emoções fortes à mistura.
Ontem, passámos pela antiga escola, para realizar um questionáriozinho no âmbito de Filosofia, e para variar, fomos barradas à entrada. Juro que não detesto tanto alguém como aquele porteiro. Grrrr! Mas que raio! Cinco anos de devoção naquela escola e sabe que combinámos com os stôres de véspera e tudo... e depois é a festa que se vê. Para já, ele não se encontrava no seu local de trabalho, logo, coisas combinadas, conhecimento da área, entrámos. Do nada caí aquela bisarma a gritar connosco "HEEEY TUDO LÁ PARA FOOORA!! ESTÃO A INVADIR A ESCOLA!!!". Wait... what?! Três raparigas bem parecidas, antigas alunas, iam fazer o quê?! Roubar os chocolates do bar da sala de professores?! Oh por amor da santa! Espetámos ali a solicitação, com a assinatura da nossa stôra de Filosofia, e o homemzinho, repleto de orgulho e mania a transbordar por todos os poros, a virar-nos as costas, numa ignorância tremenda, sem nos dirigir uma palavra, recusando-se a ligar para a direção da escola. Eu ali, a desfalecer, a ver o repuxo de água a metros. Bem podia cair para o lado, toda desidratada! Se não saísse um professor da direção, muito possivelmente tínhamos passado alí a noite. Que descalabro! Sinceramente! Segurança de mais, ainda por cima conhece-nos já que fazemos assim umas visitinhas regulares. Que falta de flexibilidade! Como diria a minha stôra de Filosofia: Ooooh geeeente! Oooooh desgraaaaça!
O mais chocante no meio de tudo isto, não sei se foi este incidente, ou se foi uma das respostas a uma das questões que constava do questionário, por parte de uma professora:
Se um casal souber que muito provavelmente terá filhos com deficiências graves, procederá de forma eticamente aceitável se escolher ter filhos?
Respondeu afirmativamente, dando como justificação:
“A escolha será pessoal e individual aplicando-se unicamente a casais heterossexuais. Não concordo que casais homossexuais adotem filhos.”
WTF?!?!??!?! Mas em que parte da pergunta é que esse ponto era questionado? Não tem nada a ver! Que dispersão total! E mentalidade bastante pouco aberta, diga-se de passagem. O mundo está perdido. Ou pelo menos para lá caminha...
Para não deixar este post só com criticas do principio ao fim, concluo dizendo que a realização deste trabalho, em que abordamos o subtema da Clonagem, foi certamente o mais interessante que já fiz. Daqueles trabalhos que se ficou até tarde a fazer (e certamente se vai repetir quando for para preparar a apresentação) mas que no final julgo que valeu a pena.